Ashawnty Davis, uma menina de 10 anos do Colorado, cometeu suicídio depois de ter um vídeo seu postado e viralizado no aplicativo Musical.ly. Nele, a menina aparece confrontando colegas de classe que cometiam bullying com ela em sua escola primária. Ela estava na quinta série e se enforcou depois do vídeo ter sido divulgado nas redes sociais. Sua mãe, Latoshia Harris, disse que ela estava em sua primeira briga enquanto confrontava um colega de classe que cometia bullying com ela há algum tempo. Ela foi encontrada enforcada dentro do seu armário e faleceu no último dia 29 de Novembro depois de ficar internada por vários dias.

Algo similar aconteceu também com Rosalie Avila, uma menina de 13 anos da California, que se suicidou depois de sofrer bullying pelos colegas. “Ela manteve um diário com as pessoas que a magoaram e pessoas que a chamaram de feia e estavam colocando ela pra baixo”, disse a mãe. Ela foi chamada pelos colegas de “feia” diversas vezes e ouviu piadas e ofensas em relação ao seu aparelho dentário. O vídeo postado na internet mostra Rosalie sentada sozinha enquanto ela era insultada. A menina enforcou-se no dia 5 de Dezembro, depois de escrever mensagens de desculpas para seus pais pela dor que ela sabia que causaria para eles, dizendo também que era “feia” e uma “perdedora”.

A mídia tem tratado ambas como as mais recentes vítimas de ‘bullycídio’ (suicídio cometido devido ao sofrimento causado pelo bullying). Os pais de Ashawnty Davis defendem que a escola devia ter feito mais para prevenir que a filha tivesse sentido a necessidade de tirar a própria vida.

Neste mês, publiquei na página a notícia de Milly Tuomey, uma menina irlandesa de 11 anos que se suicidou porque estava infeliz com o próprio corpo. A sociedade mata mulheres todos os dias e nos molda para que sejamos obcecadas com a nossa aparência, como se devêssemos beleza ou perfeição para o mundo, já que coloca o nosso corpo como público. Começamos a nos tornar insatisfeitas com o nosso corpo e a nossa aparência desde crianças. Quando vamos nos preocupar mais com a saúde mental das meninas?

Fontes: TIME, CNN, The SunAmsterdam NewsNBC6ABCIndependent

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